3 mulheres que revolucionaram a história do automobilismo

Lugar de mulher é também no volante, e isso não é de hoje! Claro que se compararmos a antigamente, o número de mulheres que dirigem atualmente é muito maior. Só no Brasil são mais de 25,8 milhões de motoristas mulheres, o que representa cerca de 35% do total de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH).

Embora a presença das mulheres no meio do automobilismo tenha crescido exponencialmente nos últimos anos, é um grande achismo imaginar que antigamente as mulheres não estavam presentes nesse cenário. 

E se eu te contar que tiveram mulheres há mais de um século atrás que revolucionaram os automóveis, você ficaria surpreso? Se você ficou curioso, vem comigo!

Bertha Benz

Bertha bens

Bertha Benz nasceu em 1849 e seu nome de solteira era Bertha Ringer. Aos 20 e poucos anos ela se casou com o engenheiro Karl Benz, considerado hoje como o pai do automóvel moderno

Karl tinha um projeto bem ambicioso: criar uma carruagem sem cavalos. Bertha então decidiu usar o seu dote de casamento para se tornar sócia do marido, dividindo seu tempo entre a fábrica que realizava tentativas de desenvolver esse automóvel e ser mãe de 5 filhos. 

Em 1886, Karl Benz consegue desenvolver e patentear a sua criação, porém, a inovação não conquistava o público, que além de ter receio do veículo, não o considerava tão elegante quanto as carruagens convencionais da época, que eram puxadas por cavalos. 

É então que Bertha decide fazer uma viagem de uma cidade à outra da Alemanha, tendo uma distância de aproximadamente 100 km. Aqui é importante destacar que isso nunca havia sido feito (sim, ela foi a primeira pessoa a viajar de carro!), e o veículo usado para essa viagem foi o Benz Patent-Motorwagen, que atingia apenas 16 quilômetros por hora. 

Bertha, que estava acompanhada por seus dois filhos adolescentes, passou por alguns perrengues no percurso, como precisar improvisar comprando um produto em uma farmácia para abastecer o automóvel, usar o alfinete do chapéu para limpar o cano de combustível, entre outras situações que ela tirou de letra.

A viagem funcionou como uma estratégia de marketing, tanto que no percurso de volta à sua cidade, Mannheim, eles foram acompanhados por jornalistas que desejavam registrar aquele feito.

Foi a atitude de Bertha que fez com que o veículo ficasse conhecido no mundo todo e fechasse vendas de várias unidades. 

Mary Anderson

Mary Anderson

Você já imaginou como seria dirigir na chuva se os para-brisas não existissem? Bom, era por isso que os motoristas passavam antes da invenção de Mary Anderson.

Durante uma viagem a Nova York, Mary percebeu que os motoristas precisavam parar e descer do carro para limpar a neve que se acumulava nos vidros ou que eles abriam a janela e colocavam a cabeça para fora, para conseguirem enxergar. Foi nesse momento que Mary Anderson teve uma ideia inovadora!

Quando ela retornou para o Alabama, onde morava, desenvolveu o projeto, que foi formalizado para patente em 1903. Infelizmente, Mary não conseguiu vender a invenção para nenhuma empresa, que na época não conseguia ver a utilização do mecanismo.

Mary Anderson foi uma mulher à frente do seu tempo, mas o reconhecimento pela sua invenção só veio após a sua morte;

Em 2011, o nome dela ganhou espaço no Hall da Fama dos Inventores, e hoje ela é considerada a primeira mulher a criar um item para automóveis. 

Maria Teresa de Filipps

Maria Tereza de Filippis

Maria Teresa de Filippis foi a primeira mulher a pilotar um carro da Fórmula 1. A italiana nascida em 1926, iniciou a carreira após uma aposta com os seus irmãos que duvidavam que ela pudesse vencer uma corrida.

Usando o Fiat 500 da sua família, ela foi vice-campeã do campeonato italiano. Após isso, ela foi contratada pela Maserati, e um tempo depois, em 1958, ela estreou na Fórmula 1, como a primeira mulher a competir na categoria!

Maria Teresa deixou a F1 um ano depois, quando se casou e teve uma filha. Mesmo com a carreira curta, a sua participação serviu para abrir portas e incentivar outras mulheres.

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